Hoje é uma One Shot com o Tom *-* espero que gostem e comentem um bocadinho mais º-º

Saiu do carro enfurecido. Passou os portões rapidamente. Não se justificou não se identificou. Nada sobre ele disse.
Por entre dezenas de raparigas procurava o comum. Comum mas perfeito. Uniforme do colégio, cabelo claro com ondulações rebeldes, os óculos a esconder os seus olhos...
Uma rapariga loura, com um largo sorriso veio ao seu encontro.
- Estás á procura da Amy? – ele anuiu como resposta. – Não a vi. Ela desde que vocês se separaram anda distante. Ficou muito alterada.
Separação? Fim? Pausa? E agora? Que era dela? Ele era a cura dela! Ele era o refugio, a única escapadela que ela podia dar à sua aparência de boa menina.
Ele passava despercebido. Por entre alunas. Mas este diz áquele, e o outro diz a outro, e rapidamente meio mundo saberia da sua presença ali.
A Steffi passou por ele. Tinha acabado de sair do w.c. das raparigas, olhou-o com desprezo e seguiu o seu caminho de uma forma bruta. Parou em frente ao espelho, olhou o seu reflexo. Punhos cerrados, lábios firmes. Notava-se bem a raiva que sentia no momento. Respirou fundo e descontraiu os ombros.
Entrou na casa de banho sem pensar nas consequências. Tinha quatro portas.
- AMY! – chamou.
Trancou a porta. Deu um pontapé na primeira porta e fez o mesmo em mais duas, deixando por fim apenas uma porta por abrir.
*
Ouvi a voz dele a chamar-me. Ouvi uma pancada em cada porta. Estava revoltado. Deitei o cigarro na sanita e abri a porta. O meu corpo ficou abalado com a imagem que viu. Estava igual ao Tom que a amava, porém, assustava-a tal definição de amor.
*
A porta abriu e Amy apareceu á sua frente. Completamente degradada, completamente destruída, completamente sem ele. Tão só, que meteria pena ás pedras da calçada.
- O que é que tu fizeste? Onde estás tu? Amy... – ficou aterrorizado por momentos.
- Estás – bocejou – satisfeito?
- Andas a fumar outra vez? Ganza? Amy olha este cheiro!
Ela deixou-se deslizar até ao chão pela parede. Ficando aninhada nos seus joelhos e batendo com os pés como fazem os autistas.
- Desta vez foi só um cigarro.. E tu não tens nada a ver com isto. Não é da tua conta, não te interessa. – ela retorquiu por fim.
- És tu! É claro que interessa! – baixou-se até á beira dela – Não consigo nem posso ver-te ir abaixo. Pára! Isto não te leva a lado nenhum.
- Tu... – olhou-a nos olhos, que em volta eram acompanhados por umas profundas olheiras. – Tu amas-me? Ainda?
Todo o interior dele tremeu. Como é que podia um olhar azul saudoso e desesperado provocar isto nele? Podia simplesmente recuar no tempo e apenas sentir-se vivo com um simples sorriso. Mas agora o sorriso não estava lá. Nem perto de aparecer.
- Eu nunca deixei de amar a Amy. – suspirou – A minha Amy...
- Mas eu sou a tua Amy! – gritou revoltada.
- Não. Sabes porquê? Porque a minha Amy, não se destruía contra a minha vontade, a minha Amy prometeu-me que nunca mais pegaria num charro. E ela não quebrava promessas... – baixou o olhar e levantou-se.
Virou-lhe costas e deu um passo em direcção á porta. Já se ouviam gritos do outro lado. Gritos de pessoas a querer entrar. Gritos estridentes. Seria assim tão importante para aquela gente? Era importante para tanta gente, e de repente sentia-se minúsculo perante as pessoas a quem queria ele importar realmente.
- Vais deixar-me outra vez? – Amy soluçou baixo.
Olhou para trás, ela já se tinha levantado.
- Onde é que tu estás Amy?
- Dentro de ti. – uma pausa silenciosa seguiu-se – Eu não sou eu, se tu não estiveres comigo.
Ela estendeu-lhe o maço do tabaco e o isqueiro.
– Toma. – ela deu-lhos.
Mas ele não lhe pegou. Ela atirou aquilo para o chão, enquanto ele permaneceu estático.
Aproximou-se, tocou-lhe no queixo e levou os seus lábios aos dela.
- Voltas? – ele perguntou-lhe.
- Sempre aqui estive.
Ela beijou-o e puxou-o para dentro do pequeno cubículo de onde minutos antes tinha saído. Desceu rapidamente a saia. Desapertou parte dos botões da camisa e agarrou-o novamente. Puxou-a contra a parede e beijou-lhe o pescoço. Despiu-se e sentou-se. Ela seguia todos os movimentos dele, e sentou-se por cima dele voltando a beija-lo fogosamente. Eram tal como a Lua á Volta de Terra, girava um em função do outro.
Beijavam-se, sussurravam e mantinham-se unidos.
Sexo? Não, amor.
(...)
Vestiam-se apressadamente. Ainda se ouviam os gritos histéricos e as batidas na porta. Os chamamentos da voz grossa, que provavelmente pertencia ao director do colégio. Ela estava a acabar de apertar a camisa quando ouviram estrondos na porta. A porta caiu. Ups, apanhados.
- O que está aqui a fazer? – perguntou o homem gordo a Tom.
- Estava á procura a da Amy...
beijinhos @
Gostei imenso (:
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