14/03/2010

If U Seek Amy - One Shot (original song by: Britney Spears)

Olá :3
Hoje é uma One Shot com o Tom *-* espero que gostem e comentem um bocadinho mais º-º



Saiu do carro enfurecido. Passou os portões rapidamente. Não se justificou não se identificou. Nada sobre ele disse.
Por entre dezenas de raparigas procurava o comum. Comum mas perfeito. Uniforme do colégio, cabelo claro com ondulações rebeldes, os óculos a esconder os seus olhos...
Uma rapariga loura, com um largo sorriso veio ao seu encontro.
- Estás á procura da Amy? – ele anuiu como resposta. – Não a vi. Ela desde que vocês se separaram anda distante. Ficou muito alterada.
Separação? Fim? Pausa? E agora? Que era dela? Ele era a cura dela! Ele era o refugio, a única escapadela que ela podia dar à sua aparência de boa menina.
Ele passava despercebido. Por entre alunas. Mas este diz áquele, e o outro diz a outro, e rapidamente meio mundo saberia da sua presença ali.
A Steffi passou por ele. Tinha acabado de sair do w.c. das raparigas, olhou-o com desprezo e seguiu o seu caminho de uma forma bruta. Parou em frente ao espelho, olhou o seu reflexo. Punhos cerrados, lábios firmes. Notava-se bem a raiva que sentia no momento. Respirou fundo e descontraiu os ombros.
Entrou na casa de banho sem pensar nas consequências. Tinha quatro portas.
- AMY! – chamou.
Trancou a porta. Deu um pontapé na primeira porta e fez o mesmo em mais duas, deixando por fim apenas uma porta por abrir.
*
Ouvi a voz dele a chamar-me. Ouvi uma pancada em cada porta. Estava revoltado. Deitei o cigarro na sanita e abri a porta. O meu corpo ficou abalado com a imagem que viu. Estava igual ao Tom que a amava, porém, assustava-a tal definição de amor.
*
A porta abriu e Amy apareceu á sua frente. Completamente degradada, completamente destruída, completamente sem ele. Tão só, que meteria pena ás pedras da calçada.
- O que é que tu fizeste? Onde estás tu? Amy... – ficou aterrorizado por momentos.
- Estás – bocejou – satisfeito?
- Andas a fumar outra vez? Ganza? Amy olha este cheiro!
Ela deixou-se deslizar até ao chão pela parede. Ficando aninhada nos seus joelhos e batendo com os pés como fazem os autistas.
- Desta vez foi só um cigarro.. E tu não tens nada a ver com isto. Não é da tua conta, não te interessa. – ela retorquiu por fim.
- És tu! É claro que interessa! – baixou-se até á beira dela – Não consigo nem posso ver-te ir abaixo. Pára! Isto não te leva a lado nenhum.
- Tu... – olhou-a nos olhos, que em volta eram acompanhados por umas profundas olheiras. – Tu amas-me? Ainda?
Todo o interior dele tremeu. Como é que podia um olhar azul saudoso e desesperado provocar isto nele? Podia simplesmente recuar no tempo e apenas sentir-se vivo com um simples sorriso. Mas agora o sorriso não estava lá. Nem perto de aparecer.
- Eu nunca deixei de amar a Amy. – suspirou – A minha Amy...
- Mas eu sou a tua Amy! – gritou revoltada.
- Não. Sabes porquê? Porque a minha Amy, não se destruía contra a minha vontade, a minha Amy prometeu-me que nunca mais pegaria num charro. E ela não quebrava promessas... – baixou o olhar e levantou-se.
Virou-lhe costas e deu um passo em direcção á porta. Já se ouviam gritos do outro lado. Gritos de pessoas a querer entrar. Gritos estridentes. Seria assim tão importante para aquela gente? Era importante para tanta gente, e de repente sentia-se minúsculo perante as pessoas a quem queria ele importar realmente.
- Vais deixar-me outra vez? – Amy soluçou baixo.
Olhou para trás, ela já se tinha levantado.
- Onde é que tu estás Amy?
- Dentro de ti. – uma pausa silenciosa seguiu-se – Eu não sou eu, se tu não estiveres comigo.
Ela estendeu-lhe o maço do tabaco e o isqueiro.
– Toma. – ela deu-lhos.
Mas ele não lhe pegou. Ela atirou aquilo para o chão, enquanto ele permaneceu estático.
Aproximou-se, tocou-lhe no queixo e levou os seus lábios aos dela.
- Voltas? – ele perguntou-lhe.
- Sempre aqui estive.
Ela beijou-o e puxou-o para dentro do pequeno cubículo de onde minutos antes tinha saído. Desceu rapidamente a saia. Desapertou parte dos botões da camisa e agarrou-o novamente. Puxou-a contra a parede e beijou-lhe o pescoço. Despiu-se e sentou-se. Ela seguia todos os movimentos dele, e sentou-se por cima dele voltando a beija-lo fogosamente. Eram tal como a Lua á Volta de Terra, girava um em função do outro.
Beijavam-se, sussurravam e mantinham-se unidos.
Sexo? Não, amor.
(...)
Vestiam-se apressadamente. Ainda se ouviam os gritos histéricos e as batidas na porta. Os chamamentos da voz grossa, que provavelmente pertencia ao director do colégio. Ela estava a acabar de apertar a camisa quando ouviram estrondos na porta. A porta caiu. Ups, apanhados.
- O que está aqui a fazer? – perguntou o homem gordo a Tom.
- Estava á procura a da Amy...


beijinhos @

05/03/2010

«Speechless» - One Shot (original Song: Lady Gaga)

Olá :b hoje vou postar uma One Shot que é inspirada na música da Lady Gaga. Gostava que lessem e comentassem.
é dedicada a Ana Cláudia Silva, que dá vida a Charlotte Adams. Beijos.




Entreolharam-se. Sophya parou para cumprimentá-los, claro, pois claro eu teria de ir também. Era talvez uma questão de boa educação, mas e se eu não fosse? Seria uma questão de protecção. Quase automaticamente os meus pés fizeram-me andar até eles, até ao seu encontro. Ela olhou para mim com a maior felicidade em ver que eu a acompanhava. Ou seria outro tipo de felicidade, um tipo mais... especial?
Fiz todo o esforço para olhar para o chão, para os desenhos que pisava. Mas nada me conseguia afastar daquelas Nike pretas ali bem em frente. Não podia parar agora: umas calças roçadas da Levis, uma t-shirt da vans, um casaco de couro, o cabelo comprido alinhava com os ombros, os lábios brilhantes e no fim, uns doces e profundos olhos verdes. Sim, olhamos-nos nos olhos.

-

I can't believe what you said to me
Last night when we were alone
You threw your hands up
Baby, you gave up, you gave up

I can't believe how you looked at me
With your James Dean glossy eyes
In your tight jeans with your long hair
And your cigarette stained lies


Percebi que algo estava mal no momento em que se levantou. Alterado seria o melhor para descrever. Perguntei-lhe o que estava mal ali, o porquê daquela atitude. E julguei não obter resposta. Até que bateu com as mãos nas coxas assim que encolheu os ombros, e de seguida atirou-se para a cama, onde eu estava deitada, de joelhos. Debruçou-se sobre o meu rosto e colocou as mãos em volta deste.
- Acho que este é o melhor momento para termos esta conversa... – disse-me. Não estava com a voz fria, mas também não me parecia estar carinhoso. Levantei-me imediatamente assustada, aterrorizada. E o que mais me incomodou? Ele não me tranquillizou.
Senti angustia quando me falou, não interiorizei as palavras no momento ao ponto de conseguir ditá-las agora. Expressavam o fim. Levantei-me, vesti o robe e tranquei-me na casa-de-banho durante uma hora. Até á hora em que saí na direcção da cozinha.
Estava sentado num banco com os cotovelos apoiados nos joelhos, e a cobrir a cara com as mãos. Pousei o copo com força para ele perceber a minha presença ali. Mirou-me. Aqueles olhos tristes chocaram-me, olhei-o por completo. Estava já vestido para sair, o cabelo estava solto. Pegou no isqueiro para acender o cigarro. A seguir voltou a falar:
- Charlotte, sinto muito. – Mentira!
- Tu não sentes nada. – virei-lhe as costas rudemente.

Could we fix you if you broke?
And is your punch line just a joke?


- Então, vou embora. As chaves do apartamento estão em cima da mesa da sala.
Senti-o a aproximar-se de mim. Tocou-me no ombro.
- Até Já. – beijou-me a cabeça. Nem o olhei, nem respondi.
A porta bateu, as lágrimas correram pela minha face. Impotência, pensei eu. Não consegui fazê-lo ficar, não consegui cozer a ferida que outro alguém tinha aberto. Não consegui fazê-lo feliz. Por isso tinha saído, por isso o abandono.
Dormi.
Dias depois quando cheguei a casa, a Sophya esperava por mim em frente ao prédio. Tínhamos combinado uma tarde de cinema lá em casa. Estava na cozinha a preparar as pipocas quando ela parou de contar uma das suas conversas com o Tom, para chamar o meu nome.
- Tens uma carta para ti na mesa da sala! – disse-me.
Pensei que o Georg a tivesse esquecido dela, mas estava endereçada com o meu nome: Charlotte Adams, e a morada e tudo. Abri, preocupada. Era manuscrita.
Querida Charlotte:
«Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.» William Shakespeare.
Não o tomes como fim, toma-o como pausa. Não te sintas culpada, melhor que ninguém tu sabes que ás vezes nem tudo parece ser suficiente. <3
Georg Listing.

Dentro tinha um colar meu que ele guardava no bolso quando ia para os concertos. Não chorei, sorri.

-

I'll never talk again
Oh, boy, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless
I'll never love again
Oh, boy, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless


- Não dizes nada, Adams?
Aquela voz fez-me rir, a mania de me chamar Adams ficou. Olhei o Tom com os olhos sorridentes: ele mexeu o piercing ao olhar para ela. Eu já não era alvo de atenção da parte dele. Nem de ninguém ali. Tinha permanecido calada o tempo todo, não que este fosse muito.

-

Ela foi embora. Oh, mas nem para mim falou! Inadmissível era o adjectivo que o Tom lhe poria. Mas eu não sou o Tom, por isso chamo-lhe: previsível. Ela estava linda agora que penso nisso, tinha vestidas umas calças pretas e umas sandálias altas também pretas e a camisola, eu nem reparei bem, acho que era branca; não posso jurar. O Tom veio o caminho todo a falar na Sophya, incrível é ele ainda achar que isso me interessa. Vale-me o facto da minha suíte ficar do lado oposto da dele, senão ainda o ia ouvir mais tempo. Enfim.
Isto que estou a ouvir é música? Piano, wow! E a voz, é familiar.
Parei em frente á porta a ouvir.

I can't believe how you slurred at me
With your half wired broken jaw
You popped my heart seams
There's gonna be no love left to rye


Reconheci aquela voz, era a Charlotte! A Charlotte. Encostei-me á parede a ouvi-la. Não fiz barulho. Ouvi-a arrastar o banco e ouvi os passos em direcção á porta; corri pelo corredor fora. Ela nunca iria saber que tinha estado ali, perto dela.

And I know that it's complicated
But I'm a loser in love, so baby
Raise a glass to mend all the broken hearts
Of all my wrecked up friends
Why you so speechless, so speechless?


Encontrei-a no café dois meses depois de sair de casa, não estava recuperado; estava magoado. Os media ainda faziam pressão sobre a minha relação com Romea que teria acabado á dois ou três anos, nunca me tinha recuperado disso. Eram cruéis ao ponto de me sentir um verdadeiro monstro por causa deles, não paravam, não me largavam. Destruíram parte da minha vida, e das minhas relações.
Dirigi-me ao balcão e pedi um café. Olhei para a Charlotte, estava sentada sozinha. Fui até ela, não respondeu quando lhe perguntei se me podia sentar ao seu lado, então, tomei a ousadia e sentei-me.
- Charlotte, queria falar contigo, tenho uma coisa para te dizer.
Para muitos podia parecer estranho, chegar ali e dizer-lhe aquilo seco. E ela não me respondeu, outra vez.
- Eu nunca fui bom neste assunto, mas custa-me fazer de conta que nada se passou. Podíamos voltar a falar, podíamos ser amigos...Mesmo que seja complicado, poderíamos tentar?
Nada, parecia que não estava ali! Senti-me a arder, de certa forma doeu o atestado de ignorância que ela me passou.
- Porque é que não falas? – perguntei-lhe num tom humilde.
Ela virou-se para mim olhou-me nos olhos enquanto se levantava graciosamente, mirou-me de cima a baixo e voltou a focar-se nos meus olhos. Pousou uma moeda para pagar o café falou:
- Sim, pode ser. – dito isto, saiu.

-

Will you ever talk again?
Oh boy, why you so speechless?
You've left me speechless, so speechless
Some men may follow me
But you choose "death and company"
Why you so speechless?


Bem, acabei de pegar numa vodka de morango, fogo, apetece-me mesmo. Vim com a Soph ao bar do hotel, porém, já não estou com ela; desapareceu. Talvez e não lhe possa chamar desaparecida, visto que faço uma breve idéia de onde e com quem está, e provavelmente o que está a fazer! Não é cusquice, á telepatia. Sempre tivemos dessas coisas, pois.
Afastei-me do balcão em direcção á pista quando esbarrei com o Georg.
- Hum, olá Charlotte! – saudou-me. Mas quê? O gato devolveu-lhe a língua? – Por acaso viste o Tom?
Cínico, sabe tão bem como eu onde ele está. Neguei abanando a cabeça.
Ele desviou-se de mim como se fosse já embora, chamei-o. Virou-se estupefacto, provavelmente porque já não ouvia a minha voz á meses.
- Está tudo bem? – meti assunto, o que é que eu estava a fazer?
- Sim, e contigo? – retribuiu.
Uma rapariga loura aproximou-se dele, e cumprimentou-o. Senti as minhas bochechas arderem de raiva, ciúmes.
- Então, é a tua namorada? – sorri forçosamente.
- Não, nunca mais tive com ninguém. E tu?
- Hum, não posso dizer o mesmo. – ri e menti.
- Só eu, sempre o mesmo encalhado. Enfim.
- Vais ver que isso melhora!
Olhei-o. Cessamos palavras.
- Não dizes nada? – perguntei.
- Eu não tenho palavras.
Aproximou-se de mim, e aconchegou-me a cara com as mãos tal como na noite em que me deixara. Aproximou-se de mim muito suavemente e beijou-me. Sorriu calorosamente. Peguei-lhe nos pulsos e baixei-lhe as mãos. Ri, e voltei ao quarto. Estava á espera que ele aparecesse, mas não sei até que ponto ele o faria.


Espero que gostem :D
link da música: http://www.youtube.com/watch?v=K8aAdHQEbSY